sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Que Anda a Ler?!

O nosso convidado desta semana é o professor Augusto Lourido, docente de História e Geografia de Portugal do 2º Ciclo do nosso Agrupamento, exercendo funções na Escola Básica Integrada de Alcoutim.
Contou-nos que grande parte da sua vida tem decorrido de uma ou de outra forma ligada à Educação e ao Ensino. A primeira vez que entrou numa sala de aula como professor foi, no já longínquo, ano lectivo de 1980/81. Leccionava, então, disciplinas na Área da Filosofia e da Psicologia, do 3º Ciclo. Dada a sua formação académica diversa, desempenhou funções em áreas tão diferentes como os Recursos Humanos ou a Consultadoria e Assessoria de Sistemas, os Seguros ou a Banca. Trabalhou fora de Portugal, tendo regressado ao seu país após 1974.
                O período mais extraordinário que lhe foi dado viver, quer pessoal, quer profissionalmente, foi após o 25 de Abril, onde a solidariedade e a cidadania eram a regra nas formas de ser e estar. Reingressou, posteriormente, no ensino, passando a leccionar, desde então, a disciplina de História e Geografia no 2º Ciclo, trabalho que considera muito interessante e gratificante. Isto tudo apesar dos enormes problemas por que passa o Ensino Público em Portugal ameaçado, como outros sectores, pela redução dos apoios estatais.

                O professor Augusto Lourido confirmou que é um leitor compulsivo, vivendo no meio de livros, cujo arquivo/biblioteca pessoal tem mais de 10.000 exemplares. Actualmente, está a ler um que recomenda vivamente a todos os visitantes deste blog: “Os Donos de Portugal – Cem anos de poder económico (1910-2010)”.

O livro Os Donos de Portugal, da autoria de Jorge Costa, Luís Fazenda, Cecília Honório, Francisco Louçã e Fernando Rosas  expõe, recorrendo a fontes fidedignas, a história da burguesia, e do seu processo de acumulação de capital, no período de cem anos, compreendido entre 1910 e 2010.

Nele são abordados os recentes escândalos associados ao BCP, BPN e BPP, os autores procuram abordar as origens das grandes fortunas, nascidas “da protecção: pelas pautas alfandegárias contra a concorrência, pela ditadura contra as classes populares, pela liberalização contra a democracia na economia”, e demonstram “como os donos de Portugal se instalam sobre o privilégio e o favorecimento”.

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