segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escolha do Logótipo do Clube do Ambiente

Decorre na Biblioteca da Escola Básica Integrada de Martinlongo a eleição do logótipo do Clube do Ambiente.
Estão a concurso dezasseis propostas de logótipo, elaboradas pelos alunos do 2º e 3º ciclos, inscritos na supracitada Atividade de Enriquecimento Curricular.
Não deixem de votar!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Visita ao Centro Judaico de Faro

Os professores responsáveis pelo Programa Juventude Cinema e Escola e a docente de História do nono ano organizaram dia 21 de fevereiro uma visita de estudo ao Centro Judaico de Faro - Museu Isaac Bitton, seguida de uma palestra sobre o Holocausto, proferida por Ralf Pinto, Presidente do Centro Judaico.
As palavras do senhor Ralf Pinto constituíram o testemunho de um familiar de vítimas do Holocausto sobre essa dramática experiência. 
Só foi possível concretizar esta visita de estudo graças ao próprio Centro Judaico de Faro, que custeou a viagem de alunos e professores, através do aluguer de um autocarro.

Concurso de Cocktail

No passado dia 11 de fevereiro, realizou-se na Escola Básica Integrada de Alcoutim o Concurso de Cocktail, alusivo ao tema de São Valentim.
Eis algumas fotografias:


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Oferta de Livros

O senhor Ralf Pinto, Presidente do Centro Judaico de Faro, ofereceu às Bibliotecas Escolares do nosso Agrupamento duas obras da sua autoria sobre temas relacionados com a comunidade judaica do Algarve.
Uma das obras intitula-se O Renascimento da Comunidade Judaica do Algarve e Outros Acontecimentos Judaicos em Portugal (1991-2000) e a outra Eventos Judaicos em Portugal - O Novo Milénio.
Estas obras foram publicadas pelo Centro para a Herança Judaica de Faro, situado na Rua Leão Penedo, junto ao Hospital Distrital de Faro.

Ânsia de Liberdade

Nos últimos tempos, temos assistido a movimentos sociais em países árabes, como é o caso da Tunísia, do Egito, da Líbia, do Bahrein, do Irão e do Iemén, em que as populações exigem dos seus governantes mudanças, não só económicas, que assegurem melhores condições de vida e de acesso ao trabalho, como também sociais e políticas, que permitam que a vida em sociedade se faça em consonância com valores democráticos e de respeito pelas liberdades individuais de cada cidadão.

Incentivamos os utentes das nossas Bibliotecas Escolares a descobrirem mais sobre os países em causa, assim como sobre os regimes políticos que têm governado estes países nas últimas décadas.

Quem é Kadafi? Quem é Ahmadimejad? Onde se localiza o Iémen? Que monumentos conhecemos do Egito?

Digam-nos o que descobriram e nós publicaremos neste blogue.

Livro da Semana - de 21 a 27 de Fevereiro

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - de Jorge Amado


Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.
"Era uma vez antigamente, mas muito antigamente, nas profundas do passado, quando os bichos falavam, os cachorros eram amarrados com linguiça, alfaiates casavam com princesase as crianças chegavam no bico das cegonhas. Hoje meninos e meninas já nascem sabendo tudo, aprendem no ventre materno, onde se fazem psicanalisar para escolher cada qual o complexo preferido, a angústia, a solidão, a violência. Aconteceu naquele então uma história de amor...."

O que anda a ler?

A nossa convidada desta semana é a aluna Joana Carvalho Mestre que frequenta o 6º ano de escolaridade na Escola Básica Integrada de Alcoutim.

É uma aluna que, desde cedo, revelou um enorme gosto pela leitura e sempre que tem algum tempo livre aproveita para ler pois a leitura é um dos seus passatempos preferidos. Confidenciou-nos que tem por hábito ler à noite e que lê preferencialmente livros de aventura. Actualmente, encontra-se a ler a obra Jane Blonde – Um sarilho nunca vem só da escritora Britânica Jill Marshall.


A Joana Barros parte para a sua segunda missão como Jane Blonde - Espiolha Sensacional quando o seu Espigato é raptado! Um grupo de cientistas loucos julga ter descoberto o segredo das sete vidas dos gatos, mas precisa do Sarilho para as suas experiências. Todas as pistas conduzem aos esgotos… Mas com a pastilha elástica que lhe permite respirar debaixo de água, um aparelho AI-PODE e um aerodeslizador especial para espiões, a Jane Blonde está preparada para entrar em acção…

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

João Villaret

João Villaret foi um grande ator e um inigualável declamador, que enchia salas de espetáculos declamando poesia e falando de poetas, sem nunca olhar para um papel. Morreu no dia 21 de Janeiro, há 50 anos.
Alguém se lembrou de criar um site dedicado a ele. Conta ainda com pouca coisa, mas que merece ser visitado e, claro, ouvido. Sugiro, para começar, alguns curtinhos. Mas, claro, ouvi-los todos é fantástico.

http://jvillaret.com.sapo.pt/
- Adivinha
- Balada da neve
- Fado falado
- Liberdade
- O menino de sua mãe

E o incontornável...
- Cântico negro

Consta que após a leitura deste poema, no Teatro de S. Luís, recebeu uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um record nacional em qualquer tipo de espectáculo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pares Românticos - Romeu e Julieta

Romeu e Julieta é uma tragédia escrita por William Shakespeare, entre 1591 e 1595, sobre dois adolescentes que se amavam mas, por causa das rivalidades entre as suas famílias, não podiam assumir o seu amor. A peça literária, cujo enredo se passa em Verona (Itália) por volta do ano de 1500, pertence a uma tradição de romances trágicos que remonta à antiguidade, tendo sido publicada, pela primeira vez, em 1597; contudo, essa versão foi considerada de péssima qualidade e só posteriormente ao fim de muitas edições e modificações é que foi considerada uma obra de excelência.

Duas poderosas famílias (os Montagues e os Capulet) são inimigas há muitos anos. O velho Capulet, pai de Julieta, dá uma grande festa para a qual convida todos os amigos
da família. Como é evidente, a família dos Montagues não faz parte da lista dos convidados. Entretanto, como Romeu Montagues anda interessado em Rosaline, uma jovem que foi convidada para a festa, arranja um plano para a poder ver durante essa festa. Assim, Romeu entra disfarçado na casa dos inimigos da sua família. Já lá dentro, a sua atenção vai para Julieta, e não para Rosaline. Apaixona-se de imediato e fica muito desiludido quando sabe que Julieta é uma Capulet. Romeu também não passa despercebido a Julieta, mas ela não sabe que ele é um Montagues.
Mais tarde, depois de descobrir que o jovem por quem está apaixonada é o filho da família inimiga, Julieta vai para a varanda e conta às estrelas que tem um amor proibido. Romeu, escondido nuns arbustos por baixo da varanda, ouve as confissões de Julieta e não resiste. Apresenta-se a Julieta e diz-lhe que também está apaixonado por ela. Com a ajuda de um amigo, Romeu e Julieta casam-se secretamente no dia seguinte. No dia do casamento dois amigos de Romeu, Benvolio e Mercutio, passeiam pelas ruas de Verona e encontram-se com Tybalt, primo de Julieta. Tybolt, que ouvira dizer que Romeu tinha estado presente na casa de seus tios, anda à procura deste para se vingar e discute com os amigos de Romeu.
Entretanto Romeu aparece e faz perceber que não se quer meter em brigas. Porém, os seus amigos não percebem a atitude de Romeu e Mercuito resolve defender a honra do amigo, e começa um duelo com Tybalt. Mercuito cai por terra, morto. Romeu vinga o seu amigo matando Tybalt com um golpe de espada. Este golpe faz com que Romeu seja ainda mais odiado pelos Capulets. O príncipe de Verona expulsa Romeu da cidade, que se vê forçado a deixar
Julieta, que sofre imenso com toda esta história. O pai de Julieta, que não sabia do seu casamento com Romeu, resolve casá-la com um Conde chamado o Paris. Desesperada, Julieta pede ajuda a Frei Laurence, que a aconselha a concordar com o casamento. Diz-lhe que na manhã do casamento Julieta deverá beber uma poção que ele lhe vai preparar. A poção fará com que Julieta pareça morta e ela será levada para o jazigo de família dos Capulet. Então o Frei mandará Romeu ter com ela para a salvar. Julieta faz tudo o que o Frei a manda fazer e é deixada no jazigo, tal como estava previsto. Antes que o Frei possa falar com Romeu, este ouve a notícia da morte de Julieta. Desfeito de dor, Romeu compra um frasco de veneno e vai até ao jazigo onde se encontra Julieta para morrer ao lado da sua amada. À porta do jazigo encontra Paris e é forçado a lutar com ele, acabando por o matar, pois nada o poderá deter de se juntar a Julieta. Já dentro do jazigo, Romeu bebe o veneno e morre ao lado da sua amada. Momentos depois, Julieta acorda e vê a seu lado, o corpo morto de seu marido. O Frei entra e conta a Julieta o que se passou. Inesperadamente, Julieta pega no punhal de Romeu e mata-se, pois já não tem motivos para viver. A tragédia tem um grande impacto em ambas as famílias (os Montagues e os Capulet). As duas famílias estão tão magoadas com a morte dos seus dois únicos descendentes, que decidem nunca mais lutar e fazem as pazes.
História de Romeu e Julieta, disponível em http://www.netsaber.com.br (consultado em 3/02/2011)

Pares Românticos - Tristão e Isolda

A história de Tristão e Isolda passa-se na Cornualha, onde Marco é Rei. Tristão não era famoso pela sua habilidade como lutador, mas tinha grande agilidade física. Era também um harpista.
A história de Tristão é marcada por tragédias, desde a morte de sua mãe quando este nasceu, à morte do pai durante uma batalha onde perdeu o reino de Lionesse. Recebeu o nome de Tristão e foi criado por um cavaleiro como se fosse seu filho, Tristão desconhece sua origem e o seu parentesco com Marco, seu tio.
Enquanto criança, a tragédia continua a marcá-lo quando, por acidente, mata um outro menino durante uma briga. Foi levado então para Bretanha a fim de ter uma educação de cavaleiro e um dia recuperar o seu trono, Tristão acaba preso num navio muçulmano, do qual, no entanto, consegue fugir, tendo indo parar à costa da Cornualha.
Permaneceu na corte do rei Marco, sem revelar que era seu sobrinho, foi então que a Irlanda resolveu cobrar um antigo tributo à Cornualha que poderia ser substituído por uma luta entre membros da família real da Cornualha. Tristão oferece-se para lutar contra Morolt. Venceu a luta mas foi ferido pela espada envenenada de Morolt tendo sido colocado num barco sem remos com a sua harpa para ser curado pela rainha da Irlanda. Durante a sua permanência na Irlanda, disfarçado com o nome de Tãotris, acaba por se apaixonar pela princesa Isolda, que tratava dele.
Entretanto Tristão, que estava na Cornualha, descobre que Isolda estava prometida a Marco e Tristão retorna à Irlanda para trazê-la de volta.
Na viagem de regresso, bebem um filtro do amor que a criada de Isolda havia preparado para a noite de núpcias da princesa com Marco. Uma paixão louca toma conta de Tristão e Isolda que, quando chegam a Cornualha, já são amantes. Começa então o débil, e interessante relato do casamento de Isolda com o desconfiado Marco e a continuação da sua aventura com Tristão. Tristão é descoberto e foge para a Bretanha, onde se casa com uma princesa só porque esta também se chamava Isolda (Isolda das Mãos Brancas), acabando por não consumar o casamento. Quando está prestes a morrer por causa de uma infecção causada por uma seta envenenada, Tristão manda uma mensagem, pedindo a Isolda da Irlanda que viesse ter com ele, e deu ordens para que, no retorno do barco, colocassem velas brancas se a trouxessem e negras se ela não viesse. Quando as velas brancas são vistas a aproximarem-se, sua esposa Isolda diz que as velas são negras. Amargurado, Tristão morre e Isolda da Irlanda chega para morrer ao lado dele.

Livro da semana - de 14 a 20 de Fevereiro

Livro da Semana - Romeu e Julieta - de William Shakespeare



Mundialmente aclamada como a mais bela e trágica história de amor de todos os tempos, Romeu e Julieta conta a história de dois jovens apaixonados, Romeu Montéquio e Julieta Capuleto. Filhos de famílias rivais, acabam por não conseguir resistir ao ódio que os separa, mas o seu amor perdurará para além da morte....

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Que Anda a ler?

A nossa convidada desta semana é o professora Alexandra Cavaco, docente de Matemática e Ciências da Natureza do 2º Ciclo do nosso Agrupamento, exercendo funções na Escola Básica Integrada de Alcoutim.


A professora Alexandra Cavaco, mais conhecida por Génio, confidenciou-nos que o seu género literário preferido é a poesia, sendo o seu autor de eleição Fernando Pessoa, quer na versão ortónimo quer na versão heterónimos. A mesma referiu-nos que estaria a mentir se se intitulasse como uma leitora assídua, no entanto não nega o prazer que os livros lhe proporcionam, na medida em que são universos na palma da mão. Apesar da poesia ser o seu género literário de leitura mais frequente, neste momento encontra-se a ler algo bem diferente, nomeadamente, a obra Inteligência Social de David Goleman.


INTELIGÊNCIA SOCIAL A descoberta mais fundamental desta nova ciência: Nós somos desenhados para nos conectar. Daniel Goleman, escritor do livro Inteligência Emocional, amplia seus estudos e chega à conclusão de que a neurociência descobriu que o design real de nosso cérebro o torna sociável, inexoravelmente ele nos leva a uma íntima conexão cérebro-a-cérebro sempre que nós interagimos com outra pessoa. Segundo Goleman, nossos relacionamentos moldam não apenas nossa experiência, mas a nossa biologia. O “link” cérebro-a-cérebro permite que os nossos relacionamentos nos possam moldar de modo tão profundo quanto os genes.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Bibliotecas são cada vez mais procuradas pelos jovens

As bibliotecas municipais e escolares em Portugal estão a ganhar importância como espaços privilegiados para utilização da Internet, revela um estudo europeu sobre crianças e riscos online hoje apresentado na Universidade Nova de Lisboa.
Este foi um dos dados que surpreendeu a coordenadora nacional do estudo, Cristina Ponte, que reforça o potencial das bibliotecas como espaço a apostar para ensinar os alunos a fazer uma boa utilização da Internet.
Os investigadores presentes hoje no debate sobre os resultados do estudo foram unânimes em considerar que com a rede de bibliotecas escolares e com a presença - obrigatória há dois anos - de professores bibliotecários está aberto caminho para uma intervenção mais activa junto dos alunos.
Esta intervenção passa por dar apoio, controlar e ensinar a fazer um bom uso da Internet, nomeadamente junto dos jovens oriundos de estratos socioeconómicos mais baixos, que são, simultaneamente, quem tem menos apoio deste género em casa e quem mais usa as bibliotecas, por ter acesso à Internet grátis.
Segundo o estudo, a procura de bibliotecas por jovens portugueses para aceder à Internet é em Portugal o dobro da europeia.
As crianças procuram-nas como um espaço onde se sentem bem, tal como em casa, refere Cristina Ponte, acrescentando que há crianças com Internet em casa que ainda assim vão para as bibliotecas, muitas vezes com o seu portátil, para conviver.
«Este dado vem reforçar o potencial das bibliotecas, que deve ser pensado. As bibliotecas são locais de socialização e um potencial para intervenção activa em matéria de segurança», afirmou a investigadora.
Lusa/SOL

Bibliotecas são cada vez mais procuradas pelos jovens - Sol

Bibliotecas são cada vez mais procuradas pelos jovens - Sol

A Verdadeira e Maravilhosa História do Dragão Samuel

Para lá das montanhas onde o dia acaba, por trás da noite e do escuro, num sítio escuro e muito perigoso, fica o terrível país dos dragões. Foi aí que nasceu o pequeno Samuel, que logo revelou ser um dragão muito especial, embora quem o visse pela primeira vez o achasse igualzinho a todos os outros dragões.
Na aparência geral, Samuel era um bebé lindo e sem nenhum defeito. Muito verde, tinha umas lindas escamas a cobrirem-lhe o corpo, uns olhos enormes, vermelhos e flamejantes, e sete cabeças enormes como é normal entre os dragões. Quando começou a crescer é que as coisas se tornaram muito complicadas para o nosso pobre Samuel.
Como nós sabemos, desde pequeninos que os dragões aprendem a meter medo às pessoas e aos outros animais. E para isso não lhes basta ser verdes e horrendos. Todos os dias têm de comer enormes quantidades de carvão para, depois, deitarem pela boca grandes labaredas que queimam tudo em redor e mantêm à distância os homens e todos os outros animais.
Todos os dragões eram assim. Todos menos o Samuel. O nosso pequeno dragãozinho era igual aos outros dragões em tudo menos numa coisa. Não era capaz de comer carvão. Nem de o cheirar. Mal lhe chegava à boca tinha vómitos e tonturas. Samuel, o pequeno dragãozinho só gostava de comer nuvens. A princípio ninguém deu grande importância ao assunto. Mas, quando chegou à idade de aprender a deitar labaredas pela boca, foi com grande espanto que os pais e todos os outros dragões se aperceberam de que o Samuel, em vez de fogo, deitava rios e rios de água pela boca.
O pobre do Samuel tornou-se alvo da risota de todos os outros dragõezinhos da sua idade. Todos se riam dele e o empurravam e diziam que ele nunca havia de ser um dragão como deve ser. Samuel, o pequeno dragãozinho, vivia muito infeliz. Queria ser igual aos outros e deitar fogo e queimar tudo em redor como faziam os seus camaradas de escola. Mas não era capaz. Só sabia deitar água pela boca. Um fiozinho fino e delicado de água que em vez de assustar as árvores e os arbustos só lhes dava alegria e felicidade.
Definitivamente, Samuel não era um dragão como todos os outros.
Um dia, o Conselho dos Velhos Dragões resolveu mandar chamá-lo. Samuel apresentou-se cheio de medo perante aquele friso solene de velhos dragões onde pontuavam os mais sábios, os mais valentes e os mais fortes de todos os dragões. O mais velho olhou para ele e com a sua voz de trovão ribombante perguntou-lhe severamente:
— É verdade que tu, em vez de fogo, deitas água pela boca?
— É sim... — respondeu Samuel, que não era capaz de mentir mas sentia as pernas a tremer e o chão a tremer e o céu parecia mesmo que ia cair-lhe em cima da cabeça.
Os velhos dragões olharam uns para os outros, desataram a falar baixinho e depressa, e tomaram uma terrível decisão: resolveram expulsá-lo para sempre do país dos dragões. Triste e muito solitário, o pobre dragãozinho Samuel teve de abandonar a sua terra e foi pelo mundo fora sem ter casa para onde voltar, nem cama onde dormir nem sopa quente que o espe­rasse à noite.
Correndo mundo, passaram-se muitos anos. Samuel vagueava por montes e florestas sem meter medo a ninguém, comendo uma nuvem aqui, outra acolá, deitando água pela boca e tornando-se no amigo preferido das gazelas, dos patos, dos peixes e de todos os animais que vivem ao pé da água.
Entretanto, na terra de onde tinha vindo Samuel, os dragões continuavam a comer carvão e a deitar labaredas pela boca. E tanto carvão comeram, e tanto fogo espalharam à sua volta que, a pouco e pouco, acabaram por queimar tudo em seu redor. As flores murcharam, árvores morreram, os rios secaram e o país dos dragões tornou-se num deserto.
Sem flores, nem árvores, nem rios, os dragões perceberam que iam acabar por morrer.
O seu fim aproximava-se a passos largos e o desespero era já muito grande quando um dos dragões mais velhos e mais sábios se lembrou do Samuel, o dragão que deitava água pela boca e que por isso mesmo tinha sido expulso para sempre daquela terra. Só ele é que podia salvar os dragões. Partiram vários emissários que correram montes e montanhas, vales e florestas até que encontraram o dragão Samuel.
Não foram precisos muitos pedidos para fazer o dragão Samuel voltar. É verdade que sentiu uma dor no peito quando encontrou de novo aqueles que o tinham expulsado da sua terra. Mas, como não era capaz de guardar raiva no coração, dispôs-se a ajudar os seus irmãos.
O dragão Samuel desatou a comer nuvens e a deitar água pela boca. E, num ápice, inundou de água o país dos dragões. Os lagos voltaram a encher-se, os rios voltaram a correr caudalosos, as árvores voltaram a crescer grandes e frondosas, as flores voltaram a sorrir ao orvalho da manhã.
Os dragões não tinham ficado muito diferentes. Continuavam a deitar fogo pela boca. Se não o fizessem não eram dragões. Mas aprenderam a não queimar mais árvores do que aquelas que eram necessárias e, assim, não deixar a água chegar ao fim.
Encontrado o equilíbrio, os dragões viveram de novo felizes e, no meio de um lago redondo, ergueram uma estátua de homenagem ao dragão Samuel. Da boca da estátua sai um fio de água que está sempre a correr, e aos domingos todos os dragões vão atirar bolinhas de pão aos peixes vermelhos que nadam em redor, muito satisfeitos.

José Fanha
A noite em que a noite não chegou
Porto, Campo das Letras, 2001

Concurso «O cartaz da minha escola»

Apresentamos seguidamente o comunicado divulgado pelo Plano Nacional de Leitura sobre o Concurso literário «O Cartaz da Minha Escola»

A Semana da Leitura 2011, que decorrerá entre 21 e 25 de Março,  conjuga a comemoração do Ano Internacional das Florestas e a promoção da leitura e dos livros, contribuindo para estimular o prazer de ler, abordando-se questões tão relevantes e actuais como o ambiente e a sustentabilidade. Procura-se, assim, elevar os níveis de literacia dos portugueses, tornando-os, simultaneamente, cidadãos mais conscientes e capazes de respeitarem o nosso planeta.
À semelhança do que se tem verificado nos anos anteriores, a participação das escolas não agrupadas/agrupamentos, bem como das comunidades em geral, é factor determinante para tornar a Semana da Leitura num marco em que a leitura, a criatividade, a capacidade de inovação e a pluralidade são patenteadas por todos os que sempre apostaram neste desafio.
Convidam-se, pois, todas as escolas não agrupadas/agrupamentos a participarem no Concurso «O cartaz da minha escola» que, este ano, vai premiar a criatividade, a imaginação, a capacidade de comunicação e de mobilização de todos em torno da relação Leitura – Energia – Floresta.
A inscrição inicial no concurso faz-se através do preenchimento de um formulário, disponível no Sistema de Informação do Plano Nacional de Leitura (http://www.sipnl.planonacionaldeleitura.gov.pt/login.jsp), entre os dias 10 e 18 de Fevereiro de 2011. Depois de cada escola não agrupada / agrupamento ter seleccionado o cartaz a apresentar a concurso, este deverá ser enviado entre os dias 25 e 31 de Março, conforme disposto no Regulamento do Concurso.

O Comissário do Plano Nacional de Leitura

Fernando Pinto do Amaral

Fábulas ao Cubo - Apresentação

Fábulas ao Cubo - Episódio 1

Fábulas ao Cubo - Episódio 2

Adivinha o quanto gosto de ti

Problema do Mês de Fevereiro

1º Ciclo:
Num curso de dança há cinco raparigas e quatro rapazes: Júlia, Mariana, Beatriz, Isabel, Helena, Eduardo, António, Frederico e Simão.
Quantos pares diferentes de bailarinos se podem formar?

Usa desenhos, imagens ou esquemas, para resolveres o problema.

2º Ciclo
As duas sequências numéricas seguem o mesmo critério. Cada número depende dos anteriores.

Descobre o critério e calcula o último número de cada uma delas.

2

4

10

28

82

244

A ?


3

7

19

55

163

487

B ?
Explica como chegaste à tua resposta. Podes fazê-lo utilizando palavras, esquemas e cálculos.

3º Ciclo:
No dia dos namorados, cinco amigos e as respectivas namoradas estão num centro comercial.
À sua frente, da esquerda para a direita, têm cinco lojas: uma perfumaria, uma loja de Cd’s, uma livraria, uma loja de chocolates e uma florista.
Os amigos estão a par dos gostos das namoradas e sabem que:
§  a namorada do Filipe quer qualquer coisa, excepto chocolates;
§  a namorada do Luís quer um livro, chocolates ou flores;
§  a namorada do Rui não quer cd’s nem chocolates;
§  a namorada do Pedro quer um perfume, chocolates ou flores;
§  a namorada do Tiago não quer livros, nem chocolates.

Quando foram comprar as prendas, de acordo com o desejo das namoradas, cada um entrou na sua loja.

O Luís e o Tiago entraram em lojas uma ao lado da outra.

O Pedro e o Filipe entraram em lojas afastadas uma da outra.

Que prenda recebeu cada uma das namoradas?
Mostra como chegaste à resposta.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dia da Internet Segura

Eis alguns dados sobre a utilização da Internet:

Os jogadores estão, em média, 8 horas por semana a jogar online (saferinternet.org).
Os jovens dormem menos 2 a 3 horas por noite do que há 10 anos atrás (saferinternet.org).

 O Facebook reportou mais de 500 milhões de membros activos (saferinternet.org).

 Há 13 milhões de jogadores do World of Warcraft (WoW), o maior jogo em plataforma virtual do mundo (saferinternet.org).

 “12% das/dos crianças e jovens entre os 9 e os 16 anos referem que já se sentiram incomodadas/os ou perturbadas/os através da Internet” (Risks and safety on the Internet – The perspective of European Children – Eukids online, 2010).

 “Os riscos sexuais (ver ou receber imagens sexuais online) são os mais comuns, mas poucas das crianças expostas os acham nocivos” ” (Risks and safety on the Internet – The perspective of European Children – Eukids online, 2010).

 “29% das crianças europeias dos 9 aos 16 anos que usam a internet já comunicaram com alguém que não conheciam cara-a-cara, uma actividade que pode ser arriscada, mas também divertida” (Risks and safety on the Internet – The perspective of European Children – Eukids online, 2010).




 
Os utilizadores estão cerca de 700 biliões de minutos no Facebook todos os meses.
Em Janeiro de 2010, foram registadas 18 milhões de pessoas no jogo online “Second Life”

Livro da Semana - de 07 a 13 de Fevereiro

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda


Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr.

Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma cria de gaivota.

Com a graça de uma fábula e a força de uma parábola, Luis Sepúlveda oferece-nos neste seu livro já clássico uma mensagem de esperança de altíssimo valor literário e poético.

Que Anda a Ler?!

A nossa convidada desta semana é a aluna Elisa Raquel Lourenço e Faro que frequenta o 6º ano de escolaridade na Escola Básica Integrada de Alcoutim. É uma aluna que revela uma grande amplitude de conhecimentos que provem, em grande medida, do facto desta ser uma leitora assídua.
É uma aluna que, desde cedo, revelou um enorme gosto pela leitura e sempre que tem algum tempo livre aproveita para ler, pois para além da prática de desportos, a leitura é um dos seus passatempos preferidos. Confidenciou-nos que tem por hábito ler à noite e que lê preferencialmente livros de aventura. Actualmente, encontra-se a ler a obra Gatinho Mágico – Sarilhos a dobrar da escritora Britânica Sue Bentley.
Kim está ansiosa que a sua prima Mia e o seu gato siamês, Bibi, a visitem. Mas eles não são tão simpáticos como Kim esperava. Ela descobre então um gatinho malhado de olhos verde-esmeralda e as coisas começam a melhorar, como que por magia.
Flame é o príncipe herdeiro do trono do Leão, mas ainda não tem força suficiente para enfrentar o seu malvado tio que lhe matou os pais e tenta reclamar o trono para si próprio. Flame é obrigado a esconder-se no mundo dos humanos disfarçado de gatinho mas não pode ficar muito tempo em nenhum lugar com medo que o tio o encontre. Por isso viaja de família em família, disfarçado de gatinho com pelagens diferentes e usa a sua magia muitas vezes caótica para ajudar os que dela precisam.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Concurso Grande C

I. ENQUADRAMENTO
O Grande © é um projecto promovido pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, dirigido às escolas do Ensino Secundário e 3º Ciclo. Este projecto tem como principal objectivo a educação, sensibilização e literacia do público mais jovem no que respeita ao Direito de Autor e aos Direitos Conexos. Pretende mobilizar os jovens através das suas escolas em torno de um tema que lhes diz directamente respeito – a protecção da propriedade intelectual – promovendo mudanças de comportamento no que se refere a esta temática.
A abordagem destes temas é feita através de um concurso de criatividade, que lança aos jovens o desafio de criarem uma obra. Pretende incutir o valor da criatividade e da obra original, que é a base e o fundamento do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.
Os jovens criadores terão assim oportunidade de desenvolver obras originais (inéditas), individualmente ou em grupo (podendo contar com a participação de um ou mais professores) em diferentes áreas de criação, tendo por base a importância do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.
O Direito de Autor diz respeito ao acto de criação de uma obra, abrangendo direitos de carácter patrimonial e direitos de natureza pessoal denominados direitos morais. Consideram-se ‘obras’ as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, por qualquer modo exteriorizadas que, como tais, são protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos. Os direitos dos respectivos autores estão incluídos nesta protecção.
Não há Direito de Autor sem obra, ou seja, sem que haja materialização da ideia. As ideias, os processos, os sistemas, os métodos operacionais, os conceitos, os princípios ou as descobertas não são, por si só e enquanto tais, protegidas nos termos do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.
Fonte: Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.
Os Direitos Conexos são atribuídos a todos aqueles que fazem parte da actividade criativa da obra, garantindo a sua interpretação, execução, produção e divulgação.
Fonte: Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos

II. COMO PARTICIPAR
O Grande © permite a criação de obras pelos próprios alunos, podendo estes candidatar-se a uma ou mais das sete categorias:
• Música (com as sub-categorias Instrumental e Canção [melodia letra]);
• Letra;
• Design de Capa (com as sub-categorias CD/Disco; DVD; Livro; Jogo ou Revista);
• Vídeo (com as sub-categorias Videoclip, Documentário e Curtíssima);
• Fotografia (com as sub-categorias Retrato; Paisagem; e Crónica Fotográfica);
• Escrita Criativa (com as sub-categorias: Conto; Ensaio, Poesia ou Teatro)
• Media (com as sub-categorias: Generalista; Desporto; Moda; Artes e Espectáculos; Viagens ou outros).
Os alunos podem participar individualmente ou em grupo, concorrendo a uma ou várias categorias e sub categorias (não existindo limite de alunos ou de trabalhos a apresentar por escola).
Podem participar os alunos das escolas públicas e privadas do 3.º ciclo e ensino secundário e das Escolas Profissionais em qualquer modalidade de formação com equivalência legal a esses níveis escolares. Os professores podem também participar, integrando os grupos de alunos concorrentes. No entanto, não se aceitam inscrições individuais de professores nem de grupos exclusivamente constituídos por professores.
Todos os concorrentes receberão um certificado de participação.
No caso de concorrerem em grupo, os alunos devem indicar explicitamente na ficha técnica (ver indicações nos Regulamentos de cada categoria) o nome do “líder do grupo”, que será a pessoa de contacto com os promotores do projecto. O “líder do grupo” concorre em representação do grupo, mas os créditos serão atribuídos a todos os elementos. Sempre que um professor integrar um grupo de alunos, deve ser ele o “líder de grupo”.
A inscrição no Grande © deve ser feita através do site do projecto, em www.grandec.org, até ao dia 31 de Março de 2011.
A apresentação dos trabalhos a concurso deve ser feita até ao dia 21 de Abril de 2011, através da ferramenta de submissão de obras disponível no site www.grandec.org, do envio para o e-mail grandec@grandec.org ou para a morada Apartado nº 53006, EC Estados Unidos – Lisboa, 1701-001 Lisboa, sendo válida a data do envio.
Com o objectivo de apoiar os professores na abordagem da temática do Direito de Autor e dos Direitos Conexos nas salas de aula, estão disponíveis no site materiais pedagógicos e planos de aulas. Para permitir o apoio aos alunos que pretendam participar no Grande ©,no que respeita à elaboração dos trabalhos, temos um conjunto de profissionais das várias áreas disponíveis para responder por e-mail ou através de vídeos a disponibilizar no site – sempre que a questão em apreço justificar o recurso a esta ferramenta, o que fica sujeito a avaliação dos promotores.

III. PRAZOS
Até 31 de Março de 2011 – inscrição através do site do projecto: www.grandec.org
Até 21 de Abril de 2011 – apresentação dos trabalhos a concurso através da ferramenta de submissão de obras disponível no site www.grandec.org, do envio para o e-mail grandec@grandec.org ou para a morada Apartado nº 53006, EC Estados Unidos – Lisboa, 1701-001 Lisboa, sendo válida a data do envio.

IV. CATEGORIAS
1) Música
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem uma música original para uma das sub-categorias: Instrumental; Canção (melodia letra escrita em Português).
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.
2) Letra
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem uma letra original, escrita em Português, para uma música que poderão seleccionar entre melodias previamente disponibilizadas no site do projecto para esta categoria. A letra pode ou não ser interpretada.
Para mais informações sobre esta categoria, deve consultar-se o respectivo regulamento.
3) Design de Capa
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem uma capa original para uma das sub-categorias: CD/Disco; DVD; Livro; Jogo ou Revista.
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.
4) Vídeo
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem um vídeo original para uma das subcategorias: Videocilp, Documentário ou Curtíssima
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.
5) Fotografia
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem uma fotografia para uma das sub-categorias: Retrato; Paisagem; Crónica Fotográfica.
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.
6) Escrita Criativa
Nesta categoria, pretende-se que os alunos criem um texto original, escrito em Português, para uma das sub-categorias: Conto; Ensaio; Poesia ou Teatro.
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.
7) Media
Nesta categoria pretende-se que os alunos elaborem uma obra de imprensa escrita original que inclua reportagens, entrevistas, fotografias, editoriais, publicidade ou outros para uma das seguintes sub-categorias: Generalista; Desporto; Moda; Artes e Espectáculos; Viagens ou outros (desde que se enquadrem dentro desta categoria), escrita em Português.
Para mais informações sobre esta categoria e sub-categorias, deve consultar-se o respectivo regulamento.

V. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Todos os trabalhos apresentados serão avaliados mediante critérios comuns, independentemente da categoria a que se candidatem, os quais se encontram apresentados em baixo, por ordem aleatória:
• Originalidade
• Criatividade
• Apresentação
• Conformidade com as categorias a concurso e respectivos pressupostos
• Conformidade com os requisitos de apresentação das obras
Os trabalhos apresentados serão ainda avaliados mediante os critérios específicos da(s) categoria(s) a que concorrem os quais se encontram devidamente detalhados nos respectivos regulamentos. Estes devem ser consultados como complemento deste regulamento geral e vice-versa.

VI. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Os trabalhos apresentados a concurso serão excluídos e, portanto, não avaliados pelos júris do projecto, sempre que:
• Representem uma violação do Direito de Autor e/ou dos Direitos Conexos de obras já existentes
• Incentivem a violência
• Utilizem linguagem, imagens ou outros de cariz pornográfico ou que sejam de alguma forma ofensivos a qualquer raça, sexo, credo ou religião, bem como aos direitos de personalidade
• Representem calúnias, ofensas pessoais ou outras injúrias a alguma pessoa ou entidade
• Não sejam originais (inéditos)
• Não cumpram os requisitos e os pressupostos gerais e específicos de cada categoria definidos para o Grande ©
• Não apresentem ficha técnica
• Não sejam apresentados dentro dos prazos previstos no presente regulamento

VII. JÚRI
Os trabalhos apresentados a concurso até ao dia 21 de Abril de 2011, serão pré-seleccionados pela comissão de pré-selecção dos trabalhos em função da sua conformidade com os regulamentos e outras orientações definidas pelo júri de cada categoria.
Os trabalhos seleccionados nesta primeira fase, serão depois avaliados em duas fases: por um júri de pré-selecção e por um júri de atribuição de prémios, compostos pelos promotores do projecto, parceiros e personalidades ligadas a cada uma das áreas das categorias envolvidas.
O Júri avaliará os trabalhos apresentados e é nomeado pelos promotores. É composto por um número de três a sete membros, a determinar em função do número de obras a concurso em cada categoria e/ou sub categoria.
Os membros do júri serão elementos de reconhecido mérito e idoneidade intelectual e cultural na respectiva área.
O júri reserva-se o direito de definir, concretizar e interpretar os critérios de avaliação supra-referidos.
O Júri reserva-se ao direito de não atribuir algum ou todos os prémios, se a qualidade dos trabalhos assim o impuser, bem como decidir da atribuição de Menções Honrosas.

VIII. PRÉMIO
O prémio em cada categoria consiste na divulgação da(s) obra(s) vencedora(s) através do site do projecto e de meios ligados à comunicação no contexto deste projecto e/ou na respectiva produção/edição.
O número de vencedores, de obras vencedoras e de prémios a atribuir em cada categoria será definido de acordo com as recomendações do júri.
Poderá ainda haver lugar à atribuição de menções honrosas em qualquer categoria/sub-categoria, reservando-se o júri o direito de deliberar nestas situações.
A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar no dia 7 de Outubro de 2011.

IX. AUTORIZAÇÕES E DIREITOS
Ao abrigo do art. 41º do Código do Direito de Autor e Direitos Conexos, a AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, mediante autorização escrita dos autores das obras, reserva-se o direito de expor, publicar, utilizar ou por qualquer forma explorar os trabalhos recebidos, salvaguardando a identificação do(s) respectivo(os) titular(es) de direitos. Esta autorização não implica a transmissão do direito de autor da(s) obra(s) a que se refere(m) para a AGECOP. Esta autorização é concedida mediante aceitação dos termos e condições do formulário de aceitação electrónico que faz parte integrante do formulário de inscrição. Não serão aceites inscrições que não sejam acompanhadas da respectiva autorização.
A AGECOP compromete-se a cuidar dos trabalhos recebidos com o máximo zelo. Contudo, não se responsabiliza por eventuais danos que possam ocorrer, nomeadamente no transporte das obras.
Ao submeter um trabalho a concurso, o participante declara tratar-se de uma obra sua e que não viola os direitos associados a qualquer outra produção existente.

X. TERMOS E CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO
Com a inscrição no Grande ©, o(s) titular(es) de direitos autorizam a AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada a expor, publicar, utilizar ou por qualquer forma explorar o(s) trabalho(s) submetido(s) ao abrigo da(s) respectiva(s) inscrição(ões). Estão compreendidos no âmbito desta autorização a edição, publicação, distribuição, exibição, venda e colocação à disposição do público, em qualquer suporte, formato ou local. A autorização é concedida a título gratuito sem prejuízo da distribuição pela AGECOP de quantias a título de remuneração por direito de autor e direitos conexos, sempre que a(s) obra(s) seja(m) explorada(s) comercialmente.
Sem prejuízo de diferente acordo, a autorização é válida pelo período de dois anos.
A participação no Grande © implica a aceitação integral e sem reservas dos termos do presente regulamento.

XI. CONTACTOS
Para esclarecimento de dúvidas relacionadas com este projecto estão disponíveis os seguintes contactos:
Contacta o Professor Bibliotecário do Agrupamento que esclarecerá as dúvidas que tens ou procurará a informação para te esclarecer.

Site: www.grandec.org
E-mail: grandec@grandec.org
Telefone:               213 153 066         213 153 066
Morada: Apartado nº 53006
EC Estados Unidos – Lisboa, 1701-001 Lisboa

XII. CASOS OMISSOS
Os casos omissos neste regulamento serão apreciados e decididos pela Direcção da AGECOP e da sua decisão não haverá recurso.

Concurso de Cocktail's alusivo a São Valentim

No próximo dia 11 de fevereiro, decorrerá o Concurso de Cocktail's alusivo ao tema de São Valentim, no Refeitório da Escola Básica Integrada de Alcoutim, a partir das 15:30, estando aberto à Comunidade Educativa.
Cada aluno do Curso Profissional de Mesa e Bar apresentará um cocktail, por si criado.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Espaço Memória dos Exílios evoca História dos Judeus na Polónia

No âmbito das comemorações alusivas ao Dia Internacional para a Memória das Vítimas do Holocausto, assinalado a 27 de Janeiro, o Espaço Memória dos Exílios apresenta, de 2 a 26 de Fevereiro, duas exposições complementares sobre os judeus polacos, organizadas em colaboração com as embaixadas da Polónia e de Israel em Lisboa.

Documental e fotográfica, a primeira exposição intitula-se “Vieram, Partiram... Estão, Judeus Polacos”, é da responsabilidade do Instituto Histórico Judaico Polaco e ilustra a história da presença dos judeus na Polónia, bem como o seu contributo intemporal na cultura e ciência mundiais.

Convidando os visitantes a seguir um determinado percurso, esta mostra apresenta o surgimento da diáspora judaica na Polónia na Idade Média e o florescimento da comunidade na República das Duas Nações entre os séculos XVI e XVIII. A exposição abrange também os momentos trágicos da Segunda Guerra Mundial e retrata o corrente empenho pela preservação da memória dos judeus polacos e pela superação de estereótipos.
Fotográfica, a exposição “SHOAH”, apresenta o resultado da viagem dos jornalistas da RTP António Nunes Farias e Mário Raposo, iniciada em 2008 em Treblinka, com passagem pelo Gueto de Varsóvia e terminada em 2009 nos campos de Auschwitz. Esta exposição foca os testemunhos de uma espécie de barbárie cujos primeiros passos se deram na Alemanha de 1938. Os fotógrafos recolheram provas concretas da loucura nazi, de um genocídio impossível de negar, branquear ou de apagar. Ambas as exposições são da iniciativa das embaixadas da Polónia e de Israel em Lisboa.

Espaço Memória dos ExíliosAv. Marginal, 7152 – A, Estoril (1.º piso Estação dos CTT)
De 2.ª feira a sábado, das 10h00 às 18h00

Uma História de Tiago Guerreiro

Apresentamos a história que Tiago Guerreiro, antigo aluno da Escola Básica Integrada de Alcoutim, criou em 2005 para o Concurso literário infanto-juvenil "O Mar e a Viagem", promovido pela Direcção Regional de Educação do Algarve.

Prefácio
Mar. O que é o mar? É uma coisa que toda a gente se interroga o que ele será. Mar é uma coisa bela mas horrenda. Mata milhares mas cria milhões. É manso, mas mortífero também. Nele, as trevas fazem-se sentir e a vida revela-se aos olhos dos seus habitantes. Nele, há tanta cor como breu, há tanta luz como escuridão, é uma sem igual, sem ele não viveríamos, o mundo perderia a sua graça e a sua beleza. O mar é uma das coisas mais antigas que se conhece, ali a vida começou e, se acabar, recomeçará ali também. Serve de abrigo mas também de uma maneira de morrer, não a melhor mas também não a pior. É um dom, uma dádiva, aquilo que nos sustém, aquilo que caracteriza o nosso planeta, aquilo que ocupa 70% do nosso mundo, aquilo que se está a desaparecer sem dar-mos conta, aquilo que controi e destroi, aquilo... que é único, indispensável, contraditório, não devíamos o seu poder sem o seu valor. A vida existe graças a ele, devíamos ter mais cuidado com o que lhe fazemos, pois, se ele desaparecer, não volta mais. A única coisa que podemos fazer é preservá-lo e respeitá-lo.
Esta é a história de cinco mercenários da Rainha Elizabeth I, cuja nau se chama ”Pérola Vermelha”. Estes cinco mercenários são: Mcgregor, o capitão; Lohan, o sub-capitão; Montgomery, o intelectual e as gémeas Wilson, as ladra. Estes mercenários são lendários pelas coisas que fizeram, que passaram, que descobriram, que viveram. Apesar das suas divergências estão unidos pela amizade, coisa que já foi posta à prova muitas vezes, que, por muito que se use não se gasta. Foi a amizade e a confiança que salvaram os mercenários de todos os perigos que já passaram, mas nunca, nunca a amizade e a confiança foram postas à prova como no último desafio, o “Orgulho dos Mares”, uma nau espanhola.


Parte I - A história do Pérola Vermelha


John Mcgregor era filho de ingleses mas nasceu em Portugal. Não faz uma mínima ideia do seu passado. O seu pai morreu quando tinha cinco anos e a mãe aos vinte. Mcgregor foi educado e criado na escola naval lisboeta. O seu maior sonho era ser capitão de uma grandiosa nau, fazer-se ao mar e partir em busca de aventuras. Agora era um homem de quarenta anos, alto, de pele bronzeada pelas centenas de horas que passara debaixo do sol, tinha cabelos louros, olhos verdes e um corpo musculado, devido ao trabalho árduo.
Devido às suas boas relações com certas pessoas, era convidado para muitas festas e coisas do género. A próxima era à noite, num palácio junto à costa. Era altura de celebrar o regresso da viagem até à Índia. Vasco da Gama havia regressado, e havia trazido consigo um valorosíssimo tesouro. Mcgregor não queria perder isso, e, como se isso não bastasse, havia ainda um outro tesouro, mas desta vez intelectual.
Joseph Montgomery, intelectual inglês, for a com Vasco da Gama para documentar tudo o que via. Mcgregor não se podia atrasar nem queria. Mal chegou à festa, não pôde deixar de reparar quão bem vestidos vinham os convidados, mas ele não ficava atrás. Dirigiu-se a António Oliveira, o seu instrutor.
-         Ah, Mcgregor, está aqui. Apresento-lhe o infame vasco da Gama. – Disse Oliveira.
-         Muito prazer. – Disse Mcgregor.
-         O prazer é meu. – Respondeu Vasco da Gama.
-         Apresento-lhe também Joseph Montgomery.
-         Muito prazer. – Repetiu Mcgregor.
-         É raro ver um inglês civil por estes lados. – Comentou Montgomery, com um sorriso nos lábios. Era um homem alto, tinha olhos e cabelo castanhos, aparentemente quarentão.
-          Pois. – Concordou Mcgregor.
-          Bom, hora do discurso. – Disse Oliveira.
-          Sim. – Afirmou Montgomery.
Quando a sala estava silenciosa, Vasco da Gama começou a falar.
- Meus amigos, estamos aqui reunidos para celebrar o sucesso desta viagem. Aqui, reencontrei amigos que já não via há muito, mas também perdi alguns, no entanto, ganhei um, este grande intelectual inglês, Joseph Montgomery. – Houve uma salva de palmas- Nesta viagem descobri muitas coisas novas, muitas pessoas novas, sempre contemplando o mar, a cada dia que passava.  Não só trouxe um grande tesouro, como também novos conhecimentos, conhecimentos esses que vos serão passados pelo meu grande amigo, Montgomery.- Houve outra salva de palmas.
-                Obrigado, obrigado. Bom, como sabem há imensos animais e plantas espalhados pelo o mundo, muitos deles não se encontram aqui, em Portugal. Por isso, à medida que via um novo, registava-o logo aqui, no meu diário. - Mostrou-o – Anotei dezenas deles, por isso, só vou dizer os que são totalmente novos aos ouvidos dos Portugueses, e, consequentemente, aos olhos. – Dito isto, um guarda real abriu a porta violentamente. Parecia cansado e ferido.
-               Está alguém a roubar o tesouro, alguém que ajude. – E caiu morto. Gerou-se o pânico na sala. Havia mulheres aos gritos, vários homens tentavam chegar à porta, mas parecia impossível. Mcgregor não podia ficar ali a ver o tesouro a ser roubado, tinha que fazer alguma coisa. Foi até à saída. Pensou em sítios onde os ladrões poderiam estar. Apostou no celeiro, pois para levar um tesouro teriam de usar uma carroça. Quando se ia aproximou ouviu murmúrios. Aproximou-se ainda mais. Não eram Portugueses... ingleses. Diziam:
-                Despacha-te, demoras tanto tempo para quê? – era uma mulher.
-                Olha, isto é pesado. Porque é que não ajudas também? – agora foi um homem que falou.
-   Se usasses a cabeça como usas os músculos, então já estávamos quase a embarcar. - Agora foi outra mulher.
Então eram três. Teria de pedir ajuda, mas estava demasiado longe dela e, se fosse embora, eles poderiam escapar. Aproximou-se para ver melhor. O homem era corpulento, tinha olhos negros e cabelo castanho longo e também conseguiu reparar numa mulher. Era elegante, estrutura média, cabelos longos, macios, rebeldes e olhos castanhos. Mas a outra não a conseguia ver, só conseguia ver uma... ou não, aparecia demasiadas vezes para ser só uma, teriam de... ser gémeas.
- Mais rápido, homem. Que coisa. – Reclamou a primeira mulher.
-         Olha, minha grande... Não teria sido descoberta se tu não tivesses morto o guarda.
-         Calem-se vocês os dois. Parecem duas crianças a discutirem. Cresçam. - Implicou a terceira. E o outro, nunca mais vem. Raio de homem, só parla.
Eram quatro! Mcgregor não os conseguia enfrentar sozinho. 
No entanto, tinha um plano. Foi quando o quarto chegou.
-         Ah, finalmente. Estava a ver que não. Onde estiveste para demorar tanto tempo. – Inquiriu a segunda mulher.
-         Aquilo está uma confusão. Não foi boa ideia ter morto o guarda. – Contestou o último. Era Joseph Montgomery.
-         Foi a Emma. – Culpou o primeiro.
-         Não há tempo para coisinhas. Temos de nos pôr a andar antes que alguém nos descubra.
De súbito ouve-se um pau a partir-se.
-         O que foi isto? – Perguntou a segunda mulher.
-         Não tenhas medo, Liz; aqui a mana consegue aguentá-lo, seja ele quem for. - Auto elogiou-se Emma.
-         Ai coitada. – Atirou o primeiro.
-         Silêncio, acho que se está a aproximar. Estejam atentos. - Resmungou o segundo.
Vinda do nada, uma caixa de madeira voou em direcção do primeiro homem, projectando-o uns bons metros.
-         Erik – Gritou Liz.
-         Quem está aí. – Inquiriu Montgomery, em português.
Espantosamente, uma corda enrolou-se nos pés de Liz. O manipulador fê-la cair e arrastou-a para o escuro.
-         Liz. – Gritou Emma – Joseph, o que está a acontecer?
-         Não sei. Fica atenta.
Passaram-se longos segundos.
-         Emma, atenta. – Avisou Joseph. Ele pode atac... – Joseph não conseguiu acabar a frase, pois o nosso compatriota voltou a atacar. Balançando numa corda agarrou Joseph e, tirando proveito da velocidade, projectou-o contra a parede, entrando ambos no escuro. Emma soltou um grito histérico. A pessoa voltou do nada ainda balançando na corda. Deslargou-se e embateu em Emma.
-         Aí o cabranote apareceu, e é giro, olha lá. – Disse Emma, ironicamente, em português.
-         Obrigado, retribuiu o elogio. – Respondeu a pessoa, em inglês. Era Mcgregor.
-         Ai tu falas inglês? Podias ter dito logo. Mas, quer queiras, quer não, este tesouro vai chegar à rainha.
-         Vocês são mercenários? Da Rainha?
-         Isso mesmo, idiota. Pelos vistos és inglês, porque é que defendes este país?
-         Pensei que fossem simples piratas. Peço desculpa.
-         Acho bem.
-         John Mcgregor.
-         Emma Wilson. Podes ir buscar os meus amigos?
-         Sim, claro. – E foi. Voltaram os três um pouco atordoados.
-         Ei malta, este é John Mcgregor. São Liz Wilson, Erik Lohan e Joseph Montgomery.
-         Olá a todos. – Saudou Mcgregor.
-         Elizabeth, para si. – Rosnou Liz. Lohan limitou-se a um aceno de cabeça e Montgomery disse:
-         Nós já nos conhecemos.
-         Oiçam, sei que não agi bem, e peço desculpa por isso. Sei duma forma que podíamos sair deste país sem ninguém dar por isso. - Propôs Mcgregor.
-         Espera aí. “Podíamos”? Onde pensas que vais? – Inquiriu Liz.
-         Convosco, é claro. Com os meus conhecimentos e os vossos podemos tornar-nos os maiores mercenários que já alguma vez estiveram e vão estar ao serviço de Inglaterra. O que acham?
-         A mim parece-me bem. Mas, como vamos sair daqui? – Quis Lohan saber.
-         Podemos facilmente roubar uma nau. – Respondeu Mcgregor.
-         E tripulação? – Inquiriu Montgomery.
-         Arranja-se também. – Respondeu Mcgregor.
-         Bom, do que é que à espera. Vamos daí. – Disse Emma.
Subiram para a carroça, partindo para um futuro cheio de aventuras.

Parte II - O “Orgulho dos Mares”
Passaram anos e anos e anos desde que os mercenários do “Pérola Vermelha” se conheceram.
Atravessaram imensas e perigosas aventuras juntos. Tinham divergências, mas confiavam uns nos outros. De momento, nenhum deles havia mudado a sua personalidade, continuava tudo o mesmo. A sua próxima missão era assaltar e destruir uma nau espanhola, o “Orgulho dos Mares”. Avisaram-lhes que esta missão não será nada fácil, mas eles aceitaram. Fizeram-se ao mar o mais rápido possível.
Três meses mais tarde já estavam junto à costa portuguesa. Era vontade de Mcgregor parar um quanto tempo, só mesmo para ver certas pessoas.
Passados dois meses já estavam na costa ocidental de África, encurralados numa tempestade. Lohan berrava ordens aos marujos, as Wilson e Montgomery faziam o que podiam e Mcgregor tentava controlar a situação.
-         John, isto está uma confusão. Não acho que nos vamos safar desta. – tentou Emma fazer-se ouvir.
-          John, isto está mau. Boa parte dos marujos já foram ao mar e, sem marujos, não vamos lá. – Disse Lohan.
-         Amigo, vê lá se nos tiras daqui. A malta não aguenta tanto. – Implicou Liz.
-         John, acho que devias virar para oeste, seria mais seguro. – Sugeriu Montgomery.
-         Eu sei o que estou fazendo. Confiem em mim. Vou tirar-nos desta maldita tempestade. – Afirmou Mcgregor. Com os trovões, os gritos dos marujos e o som da água a embater na nau, duvida-se que as mensagens trocadas tenham sido inteiramente percebidas. Todas as esperanças estavam agora depositadas em Mcgregor.
Com muito esforço e esperança, saíram da tempestade e atracaram na costa africana. Precisavam de muita coisa: mantimentos, marujos e inclusive de informação. As gémeas foram perguntar à população local se tinham visto alguma nau. Montgomery fora ver se encontrava algo de novo. Lohan e Mcgregor foram tratar dos marujos. Surpreendentemente havia homens brancos que se pudessem arranjar para a tripulação de barcos. Lohan e Mcgregor trocavam opiniões.
-         Achas que devíamos levar brancos ou pretos? – Inquiriu Mcgregor.
-         Sinceramente, acho que devíamos levar pretos. – Disse Lohan.
-         Pretos?! Porquê?
-         Porque são mais fortes, mais resistentes.
-         E os brancos não são?
-         Não tanto.
-         Temos que pagar mais por eles. Os brancos são de borla.
-         Continuo a achar que os pretos são melhores. Se levarmos os brancos, mais lentamente chegaremos aos espanhóis.
-         Será que devo confiar em ti?
-         É igual para mim.
-         Estamos a falar de boas quantias em dinheiro, Erik.
-         Confia em mim, John. Os pretos são melhores.
-         Está bem. A um preço razoável conseguiu negociar uns quantos escravos, quando Montgomery surge, todo exaltado.
-         John, anda cá. Há ali uma coisa importante que tens de ver.
-         Está bem. Erik, acaba aqui isto. Depois vem ter connosco.
Lohan suspirou. Mcgregor acompanhou Montgomery até à praia onde estavam vários vendedores a tentarem vender os seus produtos engaiolados.
-         O que é isto? – Quis Mcgregor saber.
-         Isto, meu amigo, é cães africanos. Pequenos, amigáveis e sentidos apuradissímos. Ajudaria perfeitamente no negócio. – Respondeu Montgomery.
-         Não, obrigado. Para roubar já me chegam as gémeas.
-         A sério, John. Olha para eles. Tão bonitos, como se estivessem a pedir para tu os comparares.
-         Para quê, Joseph? Isso seria um desperdício de dinheiro. Além disso, as gémeas não iriam gostar de serem substituídas por meros cães.
-         Alguém falou nas gémeas? – Disseram estas, em unissímo.
-         Aqui o capitão estava a dizer que as meninas não iriam gostar de serem substituídas por meros cães. – Disse Montgomery.
-         O quê? Estes cães? São tão fofinhos. – Elogiou Emma.
-         Sim. Porque é que não compras uns três ou quatro? – Sugeriu Liz – Iria fazer bem ao negócio.
-         John, imagina que acontece alguma coisa às gémeas, ou simplesmente não estão disponíveis. Estes cães são os melhores substitutos que elas podem ter.
-         Pois, isso é verdade. – Apoiaram as gémeas, em unissímo.
-         Isso acabaria com o nosso dinheiro. – Contestou Mcgregor – se quisermos comprar mantimentos ou coisas assim, não podemos. O sucesso desta viagem pode mesmo depender disso, sabiam?
-         Já alguma vez te falhei? – Inquiriu Montgomery.
-         Não. – Admitiu Mcgregor.
-         Então confia em mim. Estes cães são um bom investimento.
-         Pronto, está bem. Levamos quatro. – Mcgregor ficou a negociar enquanto os outros se encontravam na praia.
-         Então meninas, o que descobriram? – Quis Lohan saber.
-         Bom, sabemos que os estupores estiveram aqui há uma semana. – Começou Liz.
-         Não sei como, eles sabem que estão atracados mais a sul, perto do cabo da Boa Esperança.
-         Então não temos tempo a perder. – Disse Mcgregor, que vinha a caminhado com certa pressa. Carregava duas gaiolas em cada mão.
Não se demoraram muito tempo a embarcar, pois não podiam perder esta oportunidade.
Ainda perseguiram os espanhóis durante algumas semanas, mas tiveram a sua oportunidade. Estavam agora na costa oriental de África, paralelamente a Madáscar. Ambas as naus atracaram em África. Durante o caminho todo haviam planeado um saqueamento perfeito. Era a oportunidade perfeita para o por em prática. As Wilson “puseram-se à maneira”, Montgomery e Lohan foram preparar os cães e Mcgregor ficara a escrever a carta à rainha, anunciando o sucesso.
Liz e Emma foram ao bar local. Obviamente estava cheio de homens e as atenções dirigiram-se imediatamente para as duas irmãs, estas reagiram surpreendentemente bem.
Foram direitinhas ao capitão d’Orgulho dos Mares. O homem era horrível. Cabeludo, gordo, desdentado, baixo mas tinha uma coisa boa.... falava o inglês mais básico, o que era bom. Não gastaram muito tempo para  “engatar” o homem.
Uma hora depois estavam os três na mesma cama. Enquanto Emma tentava entreter o homem, Liz saiu coma desculpa que tinha de apanhar ar. Todas as esperanças estavam agora depositadas nelas, não poderiam falhar. Liz dirigia-se agora para a câmara onde o tesouro estava escondido, não ficou surpreendida ao ver os cães africanos ao pé do monte de moedas de ouro, ficou surpreendida foi por ver que estavam a meter as moedas em sacos. O raio dos cães eram mais espertos do que ela pensava. De súbito ouve madeira a ranger. Tira o facalhão do cinto e aproxima-se da entrada, assim como quem quer se estivesse a aproximar. Estava perto... estendeu o facalhão, mas o golpe foi desviado. Liz preparava-se para atacar quando reparou quem era a pessoa.
-         Emma? Que fazes aqui?
-         Estava farta de ouvir o raio do homem: “Tu ser linda”, “nunca estar com mulher como tu”, “Querer casar comigo?”. Dei-lhe uma pancada na cabeça, ficou a dormir.
-         És maluca? Agora vamos ser descobertas.
-         Maluca? Eu? Então e tu, com esse facalhão de meter medo ao susto.
-         Não interessa. Temos que nos despachar. Eles estão quase a vir.
-         Eu vou já tratar da pólvora. Tu prepara-te para sairmos desta nojeira espanhola.
Foi cada uma fazer o seu dever. Emma foi tratar da pólvora e quando voltou; Liz e os cães estavam prontos para partir. Subiram as escadas. Foram até ao convés e repararam que estava deserto. Segundos depois marujos espanhóis invadiram-no encurralando as irmãs. A voz do capitão elevava-se acima das outras.
-         Vocês ser meninos muito maus. – Criticava ele.
-         Não me digas. – Atirou Emma.
-         Eu, minha cabrinha de curral, aleijar. Não fazer isso mais vez nenhuma.
-         Não te preocupes, nunca mais nos vais ver. – Disse Liz.
Dito isto, cada uma agarrou num cão (os outros dois tinham morrido) e saltou borda fora. Mesmo a meio do salto, a nau explode. Ninguém da tripulação d’Orgulho dos Mares sobreviveu. Liz e Emma serviram-se das tábuas do inexistente Orgulho dos Mares como um tipo de bóias.
O Pérola Vermelha não se demorou muito a vir.
-         Ah, estava a ver que não. – Disse Liz.
-         Porque demoraram tanto? – Perguntou Emma.
-         O John ficou a celebrar a vitória. Embebedou-se. – Respondeu Erik. – E a água, está boa?
-         Cala-te e vem aqui buscar-nos. – Berrou Liz.
-         Está bem, mulher, estou indo, acalma-te. – E desceu.
Quando as duas mulheres pisaram o convés do Pérola Vermelha foram saudadas por toda a gente. Ambas receberam um forte beijo de Montgomery.  
-         Vamos festejar. – Sugeriu Mcgregor.
-         Outra vez? – Disse Lohan.
Toda a gente se riu. Levaram-se a noite toda a festejar. Os laços de amizade ficaram agora mais fortes.
Passados alguns anos Liz e John dão o nó e Emma e Erik decidem fazer o mesmo, no mesmo dia. Joseph foi padrinho de ambos os casamentos. Com casamentos, vieram os filhos. Mas, nem os filhos foram factor demasiado importante para os fazer desistir daquela vida. Foi, é e será para sempre a vida deles. O que eles gostavam mesmo era de estar no mar, livres como gaivotas (de certa forma).
Poucas décadas mais tarde, Adam e Marie Mcgregor, Roger e Alice Lohan e Richard Montgomery faziam-se ao mar para continuarem a lenda que começara há anos atrás. Lenda, cujos protagonistas são John Mcgregor, Erik Lohan, Joseph Montgomery, Emma e Liz Wilson com a nau “ Pérola Vermelha”.
Nunca mais, na história da Humanidade, houveram mercenários tão eficientes e fiéis como os atrás referidos.